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23 de Abril de 2024

Homem acusado injustamente de estupro é libertado depois de passar 30 anos na prisão

há 8 anos

Por Redação

Um homem condenado em 1992 por estupro de uma mulher idosa foi libertado em Springfield, Ohio, nos Estados Unidos. George Perrot, atualmente com 48 anos de idade, estava preso desde 1985. A condenação teve por base a análise de um único fio de cabelo encontrado na cena do crime e uma confissão obtida após um interrogatório de 12 horas de duração, sem a presença de advogado.

Durante todo o tempo em que permaneceu preso, Perrot afirmou sua inocência. A vítima, hoje já falecida, jamais o identificou como o agressor e insistiu ser um homem de rosto liso. Perrot, por outro lado, tinha barba.

Homem acusado injustamente de estupro libertado depois de passar 30 anos na priso

Embora o FBI tenha insistido que o fio cabelo na cena do crime pertencia a Perrot, a análise microscópica realizada pelo departamento apresentou, nos últimos anos, um histórico de erros e imprecisões. O próprio FBI chegou a reconhecer, em posterior declaração pública, que o resultado do teste era inconclusivo.

Em posse da informação, Perrot apelou para a Corte Superior. Ao analisar o caso, o magistrado Robert Kane anulou a condenação, entendendo que não havia provas suficientes para manter a prisão.

Perrot foi representada pela advogada Kirsten Mayer e pelo The Innocence Project.

“Há tão poucos momentos na vida em que temos uma oportunidade de corrigir uma grande injustiça. Nós nos sentimos privilegiados de ter a chance de ajudar o Sr. Perrot”, relatou a advogada Kirsten Mayer.

ERRATA: Onde se lê "Ohio", deve-se ler "Massachusetts".

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45 Comentários

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Esse é um dos motivos por que sou contra a pena de morte. Imagine se essa tivesse sido a pena a ele imposta? Triste é saber que ainda existem muitos outros "George Perrot" por aí, uns nos EUA, outros tantos no Brasil. continuar lendo

Penso assim também. Sem contar no fato que tirar uma vida, independente se for como punição ou não, é um crime. Não faz sentido aplicar pena de morte para um indivíduo que assassinou alguém como forma de punição.

Obs: Opinião minha. continuar lendo

E foi lá, na terra do CSI!

Imagina aqui no Brasil? continuar lendo

alías a pena de morte já foi dada, mas para a vítima. continuar lendo

Como estudante de Direito, fico muito feliz a deparar-me com uma noticia como esta.
Muitas vezes, colegas de sala me perguntam se eu vou defender bandidos, estupradores entre outros delitos. É nessa hora que meu entusiasmo aumenta e tenho a certeza de que estou no caminho certo!

Estou muito agradecido à quem postou esta notícia!!!

PS: Não sou a favor de bandidos, como costumam dizer, sou a favor da JUSTIÇA!!! continuar lendo

Não é defender bandido. Quando o cara lhe contar a versão dele você analisa se faz ou não sentido o que diz e decide ou não defendê-lo.

Diferente do marginal que chega dizendo "olha, realmente eu assaltei e o pilantra resolveu me peitar e eu tive que matar". Se você decide ir adiante para tirá-lo da cadeia, Isto sim é defender marginal. continuar lendo

Eduardo R, mas aí o caso é defender o direito a uma punição JUSTA, e não desproporcional. Se o cara diz que "assaltei e o cara tentou ir pra cima e atirei e matei o cara" é uma situação que ele provocou, mas inicialmente o motivo era assalto apenas, não havia indício de pessoalidade ou vontade de matar.
Daí pra frente você sabe como funciona... o negócio é trabalhar para que a pena seja justa.

Infelizmente, como sabemos bem, muitos não agem assim: "Certo, você matou o cara, mas não estava lá para assaltar, foi exigir o pagamento de uma dívida e o cara estava armado, vc só pegou a arma dele e revidou com um tiro que acidentalmente matou o cara, entendeu?" - Consigo ver essa cena acontecendo fácil numa cela anônima por aí... continuar lendo

bacana sua atitude!!! continue avante, também sou contra injustiças, sou a favor da medida da justiça conforme o ordenamento jurídico pátrio, observando a tudo e a todos, principalmente os que cometem crimes, mas sou contra os excessos que vez por outra acontecem e esse caso foi um que apesar de ter sido nos EUA, no Brasil já ocorreram vários como o caso Herbeson de Oliveira de Manaus, o caso foi em 2003, acusado de estupro não pela vítima, mas pela delegada, segundo reportagens, portais como R7, Uol e tantos outros. Assim como você também quero defender pessoas que são acusadas mesmo havendo indícios frágeis quanto a autoria e às vezes nem sequer provas. Meu TCC é nesse sentido para pessoas que não tiveram o tratamento humano adequado por parte dos entes estatais por seus agentes e terminam por padecer. continuar lendo

(...) e quem paga a conta é o Estado. Óbvio que o cidadão americano vai requerer uma indenização muito grande. continuar lendo

E vai obter, com toda certeza, Ricardo. Morei lá e conheço muito bem o funcionamento do sistema. Mas a questão, a meu ver, não é essa, mas sim esta: quem e como indenizar trinta anos de uma vida? As agruras do sistema penitenciário norte-americano (como, aliás, o de qualquer outra nação)? A dor de saber-se injustiçado, diuturnamente lembrado durante essas três intermináveis décadas?
Não entendi, por outra parte, a tabuleta identificadora onde se lê: "Springfield, Mass" (Springfield é uma das maiores cidades do Estado de Massachusetts). Haveria um erro nesse texto ou na tabuleta? Apenas curiosidade. continuar lendo

JKoffler Jurisconsulto: de fato houve um erro no momento da redação, pois existe a cidade de Springfield tanto no estado de Ohio quanto no estado de Massachusetts. Agradecemos pelo apontamento. Inserimos uma ERRATA ao final do texto. Cordialmente, Equipe do Canal Ciências Criminais. continuar lendo

Nenhum dinheiro do mundo vai compensar a perda de 30 anos de vida e ainda mais dentro de uma prisão. Por maior que seja o valor, não cobrirá essa perda. Em minha opinião, o Estado Americano deveria garantir uma vida extremamente confortável para o cidadão de modo a compensar minimamente o desastre e o crime cometido contra esse indivíduo. continuar lendo

Doutores, neste caso, qual seria a melhor forma de indenização ?
Seria prender a acusação? Pq acredito que dinheiro não limparia a hora de um cidadão que deixou por 30 de ser cidadao. continuar lendo

Localidades com o nome de "Springfield"* podem ser encontradas, ao menos, nos seguintes Estados norte-americanos: Dakota do Sul; Flórida; Geórgia; Illinois; Kentucky; Luisiana; Massachusetts (Mass); Michigan; Minnesota; Missouri; Nebraska; Nova Jérsei;
Ohio; Oregon; Pensilvânia; Tennessee; e em Vermont; portanto há 17 localidades com o mesmo nome, nos EUA. Se na foto há o nome Springfield seguido de "Mass", há grande probabilidade que se refira ao Estado de Massachusetts.
* É nome usado, comumente, na literatura inglesa, nominando localidade (s) fictícia (s). continuar lendo

Fiquei triste com a história, nunca pensei que iria ficar triste com uma história de um preso, mas de alguma forma me tocou e agora posso repensar meu conceito e ter certeza que existe sim pessoas inocentes presos. continuar lendo

Lógico que tem, e não é só uma ou duas, ainda mais na Justiça brasileira. Teu conceito era um tanto utópico. continuar lendo

Te digo mais amiga ... a Justiça brasileira comete erro gravíssimo ao dar enorme importância ao depoimento de vítimas de estupro, a ponto de poder condenar alguém só por isso.

Ocorre que é muito comum, e explicável pela ciência, a confusão que podemos fazer, especialmente em pessoas de raças e etnias diferentes.

A vítima jura com convicção, e está certa, que o indivíduo é culpado, mas é um "truque" de seu cérebro. Muitos negros nos EUA foram presos por estupro baseado no depoimento de vítimas, especialmente mulheres brancas ... somados ao racismo e desejo de vingança que surgem nestes casos, é quase impossível uma absolvição.

O exame de DNA já libertou muitos presos por este tipo de erro. No geral absorvemos os traços mais comuns da fisionomia e não os diferenciadores. Lembremos ainda que a vítima pode estar em estado de choque.

É por isso que aqui brincamos dizendo que japonês é tudo igual ... claro que não são, mas temos dificuldades em diferenciá-los ... o mesmo ocorre com africanos, conheço angolanos e guineenses (Guiné-Bissau) e os confundo. continuar lendo

Então Marcelo e Armpit, talvez meu conceito era utópico porque já fui assaltada e vi de perto um caso de uma amiga onde um cara roubou a casa dela e estuprou enquanto o marido dela trabalhava de turno na área florestal. Isso criou dentro de mim, por ter acompanhado o estado dela de perto e vendo o medo das pessoas que ela passou a ter, fez um conceito utópico em querer que todo mundo que tenha cometido um crime como esse seja punido corretamente e me fez esquecer que existe uma justiça falha que prende ainda gente inocente e deixa solto muitos caras que realmente merecem sofrerem as penas cabíveis. continuar lendo

Há, sim, muitos inocentes condenados e sentenciados, nos EUA e aqui no Brasil. Muitos. Como disse Armpit, uma testemunha emocionalmente abalada pode ser induzida a fazer acusações infundadas. E o preconceito pode levar a um julgamento apressado, com base em evidências tênues.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4492817

http://noticias.terra.com.br/mundo/estados-unidos/eua-inocenteesolto-apos-37-anoserecebera-us-175-mi,d96b77519f7da310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

Você, Valdireni, pode ainda procurar no Netflix a série "Making a murderer" - sobre o caso de um inocente condenado nos EUA. Assim, o advogado deve ficar muito atento, pois passa pelas mãos dele a possibilidade de salvar um inocente. continuar lendo

Valdireni, sim, seu conceito era utópico.
Ainda, sempre será melhor um culpado solto do que um inocente preso. continuar lendo